26 de julho de 2010

Os Encantos da Filosofia Budista

“Myoho” I - O real significado de ‘místico’


A Lei é ‘mística’ porque transforma completamente o sofrimento em felicidade absoluta. Para usufruir da “alegria proveniente da Lei”, é preciso “recitar na certeza!” o Nam-myoho-rengue-kyo


BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2044, PÁG. A5, 17 DE JULHO DE 2010
 
As pessoas falam de poderes místicos como uma capacidade de voar sobre as nuvens ou coisas absurdas desse tipo. Mas os poderes místicos aos quais nos referimos são muito superiores. O segredo e os poderes místicos do Nam-myoho-rengue-kyo conduzem todas as pessoas à felicidade
 
O que é myoho?

A palavra myoho literalmente significa Lei Mística. Myo é a Lei básica da vida. Ho é a qualidade dessa Lei, ou seja, é uma Lei “mística”.

Por que “místico”?
O termo “místico” utilizado no Budismo Nitiren não deve assumir um significado de oculto, mágico, secreto ou transcendental. Místico é a descrição, a qualidade, o adjetivo da Lei fundamental do Universo. Místico também significa muito bom, excelente, perfeito. Como definir uma Lei tão profunda, espetacular e completa? Diante disso, o budismo a chama de mística! É como se dissesse: “Que lei sensacional, é uma lei ‘mística!’”


Lei infinitamente profunda
O presidente Ikeda afirma: “A Lei, ou realidade fundamental, é descrita como myo porque é infinitamente profunda e transcende todos os conceitos ou formulações da mente humana. [...] O Buda Nitiren Daishonin esclarece sobre este ponto: ‘Qual é, então, o significado de myo? Myo é simplesmente a misteriosa natureza de nossa vida a cada instante, que a mente não consegue compreender e que não pode ser expressa em palavras’.” (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. 1, págs. 4 e 5.)


Precisa funcionar para você!
Myoho trata exatamente da maneira como você e todas as pessoas podem manifestar o estado de Buda. Isso é místico porque foge da descrição em palavras. Uma vez que cada um é diferente, é impossível estabelecer explicações ou fórmulas racionais. E também isso seria inútil por não possuir resultados práticos. No entanto, a prática do Nam-myoho-rengue-kyo permite que qualquer pessoa estabeleça uma ligação direta com a Lei. Por sua vez, essa ligação faz manifestar de maneira imediata o estado de Buda.


Ser feliz agora e como se é
A Lei é mística porque é perfeita: tem o poder de fazer qualquer ser humano que se ligue a ela atingir o estado de Buda, independentemente da circunstância em que se encontre no momento. Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo conecta você diretamente com a Lei, gerando a maior alegria que um ser humano pode experimentar.


Acima do excelente
A qualidade da Lei, acima do excelente, se dá pelo fato de que todas as pessoas podem atingir o estado de Buda, desde que sejam capazes de estabelecer uma relação direta com a Lei do Nam-myoho-rengue-kyo. Como se faz isso? Recitando o Nam-myoho-rengue-kyo com fé resoluta, ou seja, uma fé determinada, firme, ativa, audaz, corajosa e decidida.


Não é sobrenatural
“Místico” não significa, em absoluto, capacidades sobrenaturais ou transcendentais no sentido em que esses termos são geralmente usados. Vamos aprofundar o tema com os trechos a seguir:


Esclarecimento do Sr. Toda
“O presidente Toda observou: ‘As pessoas falam de poderes místicos como uma capacidade de voar sobre as nuvens ou coisas absurdas desse tipo. Mas os poderes místicos aos quais nos referimos são muito superiores. O segredo e os poderes místicos do Nam-myoho-rengue-kyo conduzem todas as pes­soas à felicidade. Nos preocupamos com os poderes místicos que possibilitam às pessoas comuns tornarem-se budas’.“ (Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, pág. 158.)


Esclarecimento de Nitiren
“Nitiren Daishonin afirma que não devemos dar crédito a poderes sobrenaturais ou especiais. [...] Ele diz: ‘Não se deve basear em poderes ocultos ou sobrenaturais.’ (Gosho Zenshu, pág. 16.)” (Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, pág. 158.)

Esclarecimento de Sakyamuni
“Pode-se dizer o mesmo de Sakyamuni. Quando o rei Ajase perguntou-lhe qual a diferença entre o budismo e o bramanismo, ele respondeu: ‘Meu ensino adverte que uma pessoa não deve deixar-se levar por estranhas magias com fogos ou por práticas para prever o futuro a partir dos sons emitidos pelos animais’.” (Ibidem.)


Esclarecimento do presidente Ikeda
“Endo: Há alguns anos havia muito interesse em pessoas que conseguiam entortar colheres usando os poderes da psicocinética. Um amigo meu observou o seguinte após ter assistido a várias demonstrações desse tipo de habilidade na televisão: ‘Qual a utilidade disso? Creio que isso teria muito mais valor se essas pessoas conseguissem fazer as colheres desentortarem!


“Ikeda: Sempre devemos nos perguntar: Qual é o propósito disso? O objetivo mais importante é, naturalmente, a felicidade. Essas habilidades sobrenaturais que nada fazem para promover a felicidade não têm significado algum. Nitiren disse: ‘Fora atingir o estado de Buda, não há nenhum segredo nem poderes místicos’. (Gosho Zenshu, pág. 753.) Atingir o estado de Buda, alcançar um estado de vida de absoluta e eterna felicidade, é o poder místico do Buda. Pois esse é o supremo poder de acordo com a Lei da vida.” (Brasil Seikyo, edição no 1.540, 22 de janeiro de 2000, pág. 3.)

Suprema felicidade
Transformar e revolucionar a vida, agora, do sofrimento para a total felicidade. Essa é a “maravilha” do budismo. Mas é algo natural, sem misticismo, provindo de uma forte fé ao recitar o Nam-myoho-rengue-kyo. O presidente Ikeda diz: “O ‘segredo do Buda e seus poderes místicos’ significam a capacidade de possibilitar às pessoas desfrutarem um estado de vida de suprema felicidade. É o poder para elevar a condição de vida de todos. E esse é precisamente o maior poder benéfico do Gohonzon.” (Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, pág. 158.)

Fé fraca não muda a realidade
Ânimo! Entusiasmo!
“Em termos de postura na fé, essa tendência ao ceticismo de considerar a natureza de Buda como ‘um ideal muito bom, mas que não muda a realidade’ se manifesta como uma oração fraca, vaga e sem convicção. Se nossa fé for desprovida de ânimo ou entusiasmo, não seremos capazes de mudar nossa atitude ou transformar fundamentalmente nossa vida.” (Explanação de “Sobre Atingir o Estado de Buda”, pág. 56.)

Como conectar-se diretamente com a Lei?
Por meio de uma fé resoluta. Recitar o Daimoku com fé resoluta é o próprio estado de Buda. Fé resoluta é recitar na certeza! É ter total convicção de que a realidade será transformada. “Tenho absoluta certeza da minha capacidade de mudar o que vivo agora!” Pense assim! E, enquanto ora, surgirá uma alegria revigorante: essa é uma fé resoluta. “O ato de acreditar no Myoho-rengue-kyo é, propriamente, atingir o estado de Buda.” (Ibidem, pág. 39.)

Fé resoluta?!
É a prática capaz de transformar a realidade. “A fé no Budismo Nitiren está sempre enfocada na transformação da realidade.” (Ibidem, pág. 69.)


A chave é acreditar
“Mesmo o poder incrível dessa Lei não pode se manifestar totalmente numa vida encoberta pela ignorância. Ignorância é a escuridão interior que nos impede de acreditar na Lei Mística e de mantermos nosso foco em nossa própria natureza de Buda e na dos outros.” (Sobre Atingir o Estado de Buda, pág. 39.)


Conclusão
O Budismo de Nitiren Daishonin explica a vida como Myoho, ou Lei Mística. E ensina uma maneira prática de utilizar o poder dessa Lei: basta recitar o Nam-myoho-rengue-kyo com profunda fé e atinge-se o mais elevado estado de vida humano — o estado de Buda. Este gera uma colossal alegria que, imediatamente, o habilita a alterar os fenônemos, as circunstâncias e a realidade da sua vida

13 de julho de 2010

Os Encantos da Filosofia Budista

“Nam” Experimentando a felicidade absoluta no cotidiano


A prática correta do Nam-myoho-rengue-kyo estabelece um estado no qual nossa vida permeia todo o Universo
BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2043, PÁG. A5, 10 DE JULHO DE 2010.

O que é?
“Nam” [de Nam-myoho-rengue-kyo] é entrar em sintonia com o Universo por meio da integração completa da prática individual com a prática altruística (jigyo keta, em japonês). Ou seja, é a devoção da vida buscando a felicidade individual e a coletiva.

Fusão com a Lei
Somente assim, com as duas práticas do jigyo keta ocorrendo ao mesmo tempo, é possível afirmar que estamos devotando e unos à Lei Mística.


Todos nos devotamos a algo
Devotar é estabelecer qual é o ponto cêntrico (essencial) da nossa vida. A que, fundamentalmente, nos empenhamos, dedicamos e consagramos nossa vida? Há vários exemplos de devoção. Pessoas que se devotam ao trabalho. Ou que arriscam tudo em função do amor de alguém etc. Dependendo daquilo que nos devotarmos, teremos como resultado a felicidade ou infelicidade. O que o budismo explica e garante é que a devoção (Nam) à Causalidade da Lei Mística (Myoho-rengue-kyo) gera uma intensa alegria de viver e benefícios incalculáveis.

Não confunda...
É importante não confundir devoção com esforço. É natural esforçar-se no trabalho, por exemplo. Devotar é algo mais profundo: é em que sua vida está baseada.

Exemplo de devoção
Se o meu objeto de devoção (referência essencial) for o trabalho, por exemplo, estarei feliz enquanto estiver empregado. Perdê-lo gerará infelicidade. Contudo, se a devoção for à Lei Mísitca, independentemente do que ocorra, estarei sempre iluminado e, portanto, apto a reverter qualquer situação.


Suprema forma de devoção
A mais suprema forma de devoção é ter a Lei Mística como eixo. Porque a Lei é imutável, eterna e nos conduz diretamente a uma condição iluminada, na qual nada abala nossa felicidade. Cultivar uma condição assim é o objetivo prático do “Nam”.


A alegria da comprovação
À medida que praticamos e atuamos com alegria todos os dias, essa condição passa a ser nosso estado básico de vida. Portanto, o desafio está em cultivar essa alegria. E ela vem por meio da comprovação prática, da compreensão dos fundamentos e das ações concretas com base na Lei.


Quando?
Quando podemos sentir essa alegria da Lei? Agora! No cotidiano, exatamente no local e nas condições em que nos encontramos neste momento. Este é o propósito da prática do Daimoku diante do Gohonzon. Cultivar um estado de felicidade que não depende de nenhuma circunstância externa.


Nam é uma postura
De acordo com o budismo, com exceção da Lei Mística (Myoho), tudo na vida é transitório e depende de vários fatores. Por isso, nem sempre as situações acontecem da maneira como gostaríamos. Já a Lei é diferente, ela é a fonte de todos os fenômenos e isso é uma verdade imutável. Devotar-se à Lei é o único ato verdadeiramente real. E isso faz uma diferença significativa! Portanto, recitar o Daimoku é o que temos de concreto na vida.
No momento da oração, tenha uma prática individual compromissada com a mudança e tenha a disposição de agir conforme a Lei. Assim, manifestará uma “mente de fé” capaz de mudar qualquer circunstância, porque agimos baseados na Lei que é a origem de todos os fenômenos.


Vestir a camisa
Isso significa que, ao recitar Daimoku, não basta simplesmente dizer as palavras. Tem de dizer com a disposição de “vestir a camisa”, assumir o compromisso, assumir um comportamento coerente com a Lei Mística.


O fluxo correto
O “Nam” une nossa vida com a Lei e permite que sejamos capazes de agir com base nela, de acordo com o fluxo correto da vida.

Devotar não é sofrer
“Tenho certeza de que alguns de vocês acham que expressões como ‘não poupar a própria vida’ ou ‘dedicar a vida ao budismo’ encorajam uma forma de autossacrifício, uma espécie trágica de autoflagelo. Mas o estado de espírito que motiva esse tipo de devoção ao qual me refiro é completamente diferente. É um estado de paz e serenidade, um estado totalmente livre do medo. É uma sensação tão expansiva como um claro e límpido céu azul, uma plenitude de esperança, alegria e satisfação, um estado de ser absolutamente livre e sincero consigo mesmo.” (Nova Revolução Humana, vol. 6, pág. 213.)


Superar o “eu inferior”
“A devoção à Lei Mística significa superar o seu ‘ser inferior’, aquele ego que vem sendo conduzido e rodeado por todos os tipos de mesquinhez e desejos mundanos. Isso significa voltar-se para o ‘ser superior’, ao ego tão vasto quanto o cosmos. Quando isso acontecer, cada um brilhará como o mais alto potencial humano. Esse processo chama-se revolução humana.” (Ibidem.)


Daimoku de fé e de prática
“Há dois aspectos da recitação do Daimoku no Budismo Nitiren: o Daimoku de fé e o Daimoku de prática. O primeiro se refere ao aspecto espiritual de nossa prática. Consiste da luta que travamos em nosso coração contra a escuridão ou a ilusão intrínseca, ou seja, uma batalha contra as forças negativas e destrutivas que há em nós.
“Essa batalha implica em romper a escuridão que envolve nossa natureza de Buda e fazer surgir, mediante a força da fé, o estado de Buda. O Daimoku de prática refere-se à recitação do Nam-myoho-rengue-kyo e à transmissão da Lei a outras pessoas. É empenhar esforços por meio de palavras e ações pela felicidade de si próprio e a dos outros como evidência de nossa luta espiritual contra a negatividade e a ilusão.” (Terceira Civilização, edição no 460, dezembro de 2006, pág. 38.)




Daimoku com uma fé firme e absoluta
“O Gohonzon é um espelho. Nitiren Daishonin, portanto, ensina enfaticamente que devemos ter uma fé resoluta. [Por exemplo, ele diz: “A mente de uma pessoa é como a água. Uma fé fraca é como a água lamacenta, mas uma fé resoluta é como a água límpida.” (END, vol. 6, pág. 95.)]
“As entidades celestes não se moverão em resposta à fé de uma pessoa que é covarde, que tem ciúmes das outras, que reclama, ou que está sempre tramando algo. Nesse sentido, o Gohonzon é um espelho.” (Brasil Seikyo, edição no 1.272, 14 de maio de 1994, pág. 4.)


Qual a extensão da sua fé?
“Se a fé de uma pessoa é forte e pura, correspondentemente à sinceridade dessa fé, ela será perfeitamente refletida no espelho do Gohonzon. Consequentemente, as entidades celestes movimentar-se-ão em prol dessa pessoa e sua vida tornar-se-á repleta de felicidade. Entretanto, se a fé de uma pessoa é fraca e impura, então a atitude para com a fé refletida no Gohonzon tornar-se-á a mesma, e a sua vida mover-se-á na direção correspondente a essa atitude.” (Ibidem.)


O Nam no cotidiano:

superação e felicidade
“Muitas coisas acontecem na vida. Há tristezas e sofrimentos. Todos os dias, há coisas que não gostamos ou que nos aborrecem. Casais podem brigar. Pode haver o divórcio e a consequente tristeza. [...] Mas a fé é a ‘máquina’ que nos possibilita [...] transformar nossos problemas em felicidade, o sofrimento em alegria, a ansiedade em esperança e a preocupação em tranquilidade. Jamais chegaremos a um muro que não poderemos ultrapassar.” (Ibidem.)

5 de julho de 2010

59 anos da Divisão Feminina

Foto comemorativa Bloco CTB

"São flores de lírios brancas e perfumadas que aqui se reuniram.

São corações sublimes. Num elo de amizade."

Os Encantos da Filosofia Budista

A arte de transformar o negativo em positivo

BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2041, PÁG. A5, 26 DE JUNHO DE 2010.


O budismo ensina você a utilizar todas as circunstâncias como matéria-prima para a felicidade absoluta

Do que trata o Budismo Nitiren?
O objetivo da prática do Budismo Nitiren é a transformação da própria vida, ou seja, mudar de maneira efetiva a realidade: transformar o negativo em positivo. E tudo começa com a revolução humana pessoal. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é a ferramenta perfeita para essa revolução


Por que transformar o negativo em positivo?
Para alguém imerso no sofrimento e na angústia, é quase impossível por si só conseguir esperança ou motivação para seguir em frente. O Buda Nitiren Daishonin percebeu que as pessoas podem transformar a vida caso tenham o poder de fazer algo positivo a partir do negativo. Em outras palavras, é transformar o veneno em remédio e fazer com que os desejos mundanos conduzam à iluminação.
Matéria-prima da felicidade
O mundo é abundante em coisas negativas (pessoas, pensamentos, sensações, circunstâncias etc). Então, use-as como matéria-prima para a revolução humana! Ao invés de lutar e se debater inutilmente contra as situações negativas que geralmente inundam e atrapalham a felicidade, passe a fazer com que o negativo seja o combustível para a felicidade.
No mundo atual (mundo Saha), a felicidade tende a não ser completa devido a uma avalanche de negatividade presente no cotidiano. Tentar reverter isso sem mudar a raiz da vida, é como nadar contra a maré e fica quase impossível desfrurtar do resultado de nossos esforços nesta existência. Afinal, queremos ser felizes agora.
Postura correta
A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, aliada a uma postura mental correta, faz toda e qualquer circunstância negativa ser transformada imediatamente em positiva. Neste caso, a alegria nasce em meio à realidade em que se vive, aqui e agora. Tudo passa a ser motivo de alegria: esse é o benefício da iluminação.

Não é conformismo?
Não, de forma alguma! A atitude mental descrita anteriormente é a postura de assumir as rédeas da vida, enfrentar e transformar os sofrimentos pela raiz e de uma só vez. Isso porque vamos transformar a causa fundamental do sofrimento. A maravilha de recitar o Daimoku está exatamente em fazer daquilo que seria a causa de uma intensa angústia, o combustível para uma grande sensação de alegria, plenitude e satisfação. Nitiren afirma: “É como aquele que cai ao solo, e levanta-se do mesmo solo outra vez.” (END, vol. I, pág. 424)

Então, o que é iluminação?
“A iluminação não é algo fora do comum. Por possuirmos desejos mundanos, podemos sentir satisfação. E quando estamos satisfeitos, conseguimos sentir felicidade. Despertar todas as manhãs com a sensação de bem-estar físico, ter um bom apetite, desfrutar o que fazemos diariamente, não sentir angústia ou aflição... Viver desse modo é iluminação. Não é nada excepcional.” (Terceira Civilização, edição no 480, agosto de 2008, pág. 48).
A angústia dos desejos não realizados
O mundo em que vivemos é a terra da felicidade incompleta, dos desejos não realizados. Acaba sendo normal sentir angústia por não conseguir o que se quer. Mas a prática do budismo muda a maneira de encarar esses desejos: “Os desejos mundanos sofrem uma mudança qualitativa: deixam de ser ‘desejos mundanos que causam angústia’ e passam a ser ‘desejos mundanos transformados em iluminação’. O que torna possível essa mudança substancial é o poder do Nam-myoho-rengue-kyo.” (Ibidem.)


Atitude no momento da oração
A recitação do Daimoku é um momento solene. Portanto, prepare-se para recitar e não apenas solte palavras ao vento.

Como se preparar para a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo?
Enchendo-se de coragem e da certeza de que sua oração será, sem falta, respondida. O presidente Ikeda explica: “É essencial que tenhamos uma atitude mental ou o pensamento firmemente concentrado quando recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo. [...] Nossas orações somente podem ser concretizadas quando convertemos desejos vagos e difusos em determinações concretas e recitamos Daimoku com a convicção de que, sem falta, atingiremos aquilo que almejamos”. (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, explanação de Daisaku Ikeda, pág. 44.)

A mudança fundamental
O efeito benéfico e poderoso do Daimoku é minimizado quando não se crê que você é a chave da mudança. “Se recitamos Daimoku, mas sempre culpamos outras pessoas ou as circunstâncias, estamos evitando o desafio de enfrentar nossa própria ignorância ou escuridão. Ou seja, estamos buscando a iluminação fora de nós mesmos. Ao mudarmos a nós próprios num nível fundamental, começamos a melhorar nossa situação.” (Ibidem.)
Prática acessível
A chave é não hesitar: acredite sinceramente na sua capacidade de mudança, sente-se diante do Gohonzon com paixão e recite abundantemente o Nam-myoho-rengue-kyo.

Energia vital
Quando enfrentamos algum problema ou sofrimento e ativamos a sabedoria que nos permite solucioná-lo, muitas vezes, sem perceber, experimentamos um estado de imensa alegria. Uma poderosa energia vital transborda e avaliamos tudo o que está acontecendo de uma perspectiva mais elevada — toda circunstância acaba sendo um benefício. Em qualquer que seja a situação, uma pessoa com esse estado de vida fará sua transformação em todos os aspectos.

Desejos Mundanos são iluminação
Desejos mundanos é algo comum a todos. A ideia de se iluminar a partir desses desejos permite que qualquer pessoa esteja habilitada a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo e obter resultados. Por isso, é uma prática que funciona.


A grande felicidade
Vamos imaginar que queremos acender uma fogueira. Nossa lenha são os desejos mundanos e a luz produzida pela chama da felicidade penetra e ilumina toda a nossa vida. Por meio do Daimoku, nós queimamos a lenha de nossos desejos, convertendo-os em luz que iluminará nossa realidade. Portanto, quanto maior os problemas, maior será a felicidade.

O maior sofrimento torna-se a maior alegria
“O maravilhoso da fé no Budismo Nitiren é a sua capacidade de transformar o maior sofrimento da vida de uma pessoa na sua maior felicidade, e de tornar os problemas mais difíceis em fontes de crescimento e em uma base para a grandiosidade humana.” (Juventude — Sonhos e Esperanças, vol. 2, pág. 132.)

14 de junho de 2010

Frase da semana

Daisaku Ikeda

BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2039, PÁG. A2, 12 DE JUNHO DE 2010.

Nós somos Bodhisattvas da Terra.Temos uma missão a cumprir neste mundo. Vamos coroar de vitórias o grandioso palco de atuação de mestre e discípulos!

Os Encantos da Filosofia Budista

Como as orações são respondidas?

BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2039, PÁG. A3, 12 DE JUNHO DE 2010.

Orar corretamente o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon é eficiente, simples e benéfico. Mas como extrair o máximo dessas orações?


O que é?

A oração é uma alavanca que quando utilizada tendo o Gohonzon como ponto de apoio transforma qualquer situação.
Como assim?!
“Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”. Essa frase é atribuída a Arquimedes, inventor, matemático e físico grego. Fazendo uma analogia tem-se uma noção da relação da oração, Gohonzon e Kossen-rufu. A oração corresponde a alavanca, o ponto de apoio é o Gohonzon e mover o mundo consiste em agir em prol do Kossen-rufu. Está tudo interligado.
Resposta às orações
O presidente Ikeda foi perguntado se todas as orações ao Gohonzon são respondidas. Ele afirmou com total convicção: “Sim. Com certeza. O Gohonzon nos capacita a concretizar todas as nossas orações. Elas são seguramente respondidas”. (Juventude: Sonhos e esperanças, volume 2, pág. 150). Nitiren também afirma: “Não obstante, mesmo que alguém errasse ao apontar para o chão, mesmo que alguém unisse os céus, que o fluxo e o refluxo da maré cessassem e que o sol nascesse no oeste, jamais aconteceria das orações do devoto do Sutra de Lótus não serem respondidas.” (END vol.5, pág.138).
A alavanca da vitória
Mas para ser respondida, a oração precisa ser correta. Se não há resposta é porque não está utilizando a alavanca. Somente um ponto de apoio não basta, é preciso a alavanca.
O que é oração correta?
Oração certa acontece quando você ora com a postura e a convicção de que não há oração sem resposta. Acreditar sinceramente e recitar Daimoku orando diante do Gohonzon com a convicção de que não há oração sem resposta é o requisito para a oração produzir benefícios em profusão.
Apaixonada determinação
A oração funciona quando feita com foco, fervor e postura certas. Se não produz uma resposta satisfatória é porque não há a oração no sentido correto: “Uma atitude vaga e dispersa durante a oração é como atirar uma flecha sem mirar o alvo. Devem orar com uma forte e apaixonada determinação de concretizar sua oração. Aquele que pensa ‘Se eu orar, tudo ocorrerá bem’, na verdade está demonstrando apenas um desejo. Uma fervorosa oração — a oração do fundo do coração e com toda a vida — será infalivelmente comunicada ao Gohonzon” (Ibidem, pág. 165).
Ore até conseguir
O ponto chave é manter a prática até a vitória total. “O Gohonzon não tem obrigação de responder nossas orações, nem nos solicitou que orássemos para ele. Nós é que pedimos para orar ao Gohonzon. Se cultivarmos tal sentimento de gratidão e apreciação, nossas orações serão respondidas mais rapidamente. [...] O mais importante é continuar orando até que sejam respondidas.” (Ibidem, pág. 161).
Como age a oração?
A oração purifica os desejos, transforma-os em sentimentos sinceros e os converte em energia vital que impulsiona a agir em prol da conquista daquilo que deseja. O resultado de uma oração correta é sabedoria, força e coragem geradas no momento da oração. Sua convicção aumenta por que se baseia na compreensão prática de que não há oração sem resposta.
O mecanismo
“Não há nada de extraordinário em relação à oração; ela se resume em simplesmente desejarmos algo de todo o coração. O mais importante é o coração. Com relação a isso, é essencial que oremos com profunda fé, respeito e amor ao Gohonzon em nosso coração.” (Ibidem, pág. 156).
Quem responde nossas orações?
Nós próprios causamos a resposta às nossas orações. Por isso deve ser feito corretamente. O presidente Ikeda afirma: “Quem responde nossas orações? Somos nós — com fé e esforço. Ninguém mais faz isso por nós. Se nossas orações serão ou não respondidas depende de nós. [...] Se e quando nossas orações serão respondidas pode ter vários significados. Mas não há nenhuma dúvida que nossa vida começa a mudar de forma favorável a partir do momento em que começamos a orar.” (Brasil Seikyo, edição no 1.560, 17 de junho de 2000, pág. A3)
Orar para que?
Somos livres para orar para aquilo que desejarmos. Por que a “resposta” que nunca falha é a capacidade de gerar valor em qualquer circunstância, seja positiva ou negativa. A “resposta” é a conquista de um estado de vida em que tudo passa a ser motivo de alegria e fonte para aumentar ainda mais a boa sorte. Em outras palavras orar gera um estado de vida amplo e forte. E a prática da fé capacita você a assumir a responsabilidade plena da própria vida.
Budismo é bom senso
Num diálogo, um líder comentou ao presidente Ikeda que algumas pessoas manifestaram preocupação pelo fato de algumas de suas orações não terem sido respondidas. O Mestre afirmou:
Presidente Ikeda: Nós praticamos uma fé em que ‘nenhuma oração fica sem ser respondida’. Em primeiro lugar, precisamos ter convicção nisso. No entanto, haverá ocasiões em que nossas orações serão respondidas e outras em que isso não ocorrerá. Mas, enquanto continuarmos a recitar Daimoku, no final tudo seguirá a melhor direção possível. Isso fica claro quando depois olhamos para trás. O mais importante é que a luta que empreendemos para que nossas orações sejam respondidas nos torna ainda mais fortes. Se todas as nossas orações fossem imediatamente respondidas, acabaríamos ficando mimados e decadentes, e passaríamos a viver de forma indolente, evitando o esforço e o trabalho árduo. Nós nos tornaríamos frívolos. Qual seria, então, a questão da fé? A vida é uma sucessão de acontecimentos. Enfrentamos todos os tipos de dificuldades. Assim é a vida. É graças a essa variedade que podemos conduzir uma existência realizada e feliz. Isso nos dá condições de crescer e desenvolver um estado de vida amplo e forte.
[Comentário do líder]: Com certeza, se todos os membros da SGI orassem para ganhar na loteria, seria impossível que todos tivessem suas orações respondidas!
Presidente Ikeda: Se tudo pelo que orássemos se tornasse realidade instantaneamente, seria como uma mágica. Isso vai contra a razão. Não se pode ter arroz cozido simplesmente pondo a panela no fogo sem nenhum arroz dentro. O budismo é bom senso. Ele ensina o caminho correto da fé manifestando-se na vida diária. Uma fé que ignora a realidade não é fé. Isso não existe. Nossos desejos não serão concretizados se não empenharmos um verdadeiro esforço. (Ibidem.)
Qual é o benefício da oração?
Nitiren Daishonin foi tão preciso ao propor sua oração que a própria recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é, em si, o maior beneficio. Afinal, “Não há alegria maior que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.” (Brasil Seikyo, edição no 1503, 10 de abril de 1999).
A maior das alegrias
A recitação de Daimoku é em si o máximo da alegria porque coloca o praticante em contato direto com a Lei Mística. Por isso Nitiren Daishonin recomenda que independentemente do que aconteça, continue recitando o Nam-myoho-rengue-kyo. A resposta da oração correta é a alegria profunda de estar recitando. O Gohonzon e a oração fazem brotar energia vital, sabedoria, força e coragem. No ato de orar você sente alegria e fica no tom, no ritmo harmonioso do próprio Universo.
Eu e a Lei
A oração é o seu diálogo com a Lei. E o Daimoku é a linguagem que a Lei entende e reage perfeitamente. Por isso a oração não precisa ser de lamentação, de reclamação. A oração é um momento de fusão com a Lei e deve ser realizada solenemente. Dialogar diretamente com a Lei é a grande maravilha descoberta e deixada por Nitiren Daishonin.
Quanto tempo de oração
Nos seus escritos, Nitiren recomenda que deve-se recitar o Nam-myoho-rengue-kyo até sentir alegria no coração. Ele não especifica um tempo para isso, pois depende da fé, do itinen de quem recita. Quanto mais alegria se sente ao recitar, mais se recita. A oração correta é tão estimulante e empolgante que não dá vontade de parar.
Oração e cotidiano
Imagine uma situação que te incomoda, desanima e irrita. Essa reação negativa acontece porque seu itinen está focado nessa realidade. A oração correta faz você focar na Lei, que possui a máxima energia e sabedoria. Aí, naturalmente, desaparecerão imediatamente as sensações negativas e será criado valor positivo. O benefício é justamente vencer em meio a realidade, qualquer que seja a situação.
Seja você mesmo
O que é melhor pensar no momento da oração? O presidente Ikeda conclui:
Faz parte da natureza humana pensar em si próprio. O importante é orarmos diante do Gohonzon da forma como somos. Se nos apresentamos com um ar arrogante mostramos um ‘falso eu’. O Gohonzon não responde a mentiras. Quando recitamos Daimoku por causa de nossas maiores preocupações ou maiores desejos, nosso estado de vida se abre naturalmente e vamos desenvolvendo aos poucos o espírito de orar não apenas para nós próprios, mas também pela felicidade de nossos amigos e pelo Kossen-rufu. Além do mais, creio que é vital desafiarmo-nos para termos grandiosas orações. A questão central é que temos total liberdade de orarmos para o que desejarmos. (Brasil Seikyo, edição no 1.560, 17 de junho de 2000, pág. A3).









7 de junho de 2010

Os Encantos da Filosofia Budista

Você é: determinado ou cismado
BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2038, PÁG. A3, 05 DE JUNHO DE 2010.


A prática diante do Gohonzon clareia a mente, educa o itinen e ativa as funções protetoras do Universo. Já o cismado...

Aos iniciantes
A determinação, assunto desta página, ativa o poder do Gohonzon (BS edição no 2.036) e gera os beneficios (BS edição no 2.034).
[nota da Redação: a origem do conceito budista de determinação é o termo japonês itinen. Para melhor compreensão e exposição do texto, optamos por grafar das duas formas.]
O que é?
É o itinen de cada um que torna a vida do jeito que é. Do ponto de vista do Budismo Nitiren, a determinação é o foco da sua mente neste momento. Não há pessoas “sem determinação”. Existem indivíduos “determinados” a sofrer ou “determinados” a serem felizes. A questão é para onde o itinen está direcionado. O objetivo do budismo é tornar seu itinen ideal, iluminado.
O determinado
A determinação ideal é aquela que vem de dentro, reluzente, autêntica. Você sente uma natural necessidade de algo vindo do seu eu. E age na certeza de que aquilo já foi alcançado. Uma convicção assim é baseada num estado iluminado a partir da fé no Gohonzon. Suas ações, após a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, estarão baseadas nessa certeza e cada ato contribui para aumentar a satisfação e a alegria por ver o externo modificar-se para melhor.
O cismado
Já o cismado, baseia-se em coisas externas. Teima em conseguir algo por influência externa, para agradar os outros ou “mostrar” a alguém. A determinação ideal gera satisfação plena, sabedoria e energia vital. A cisma traz ansiedade e sensação de vazio. Por mais que consiga o desejado — o que é raro — não produz valor interior e corre o risco de gerar transtorno ao seu redor.
Para acertar sempre
Não importa qual sua necessidade pessoal, seu objetivo, tenha claro interiormente qual é o motivo, o “porquê”. Isso gera valor positivo, ou seja, o benefício. Ore com a determinação de que a conquista lhe dará mais condições de se empenhar em prol do Kossen-rufu.
O cismado
Mesmo alguém apático ou triste, tem determinação. Afinal, apesar da vida seguir um curso natural em direção a felicidade, ele está decidido ou “cismado” que não merece ser feliz e que seu problema não tem solução. Sua determinação, focada na negatividade, encobre seu verdadeiro eu. Ele está focado no problema. A infelicidade é uma determinação mal utilizada, desfocada, iludida. O cismado tem um objetivo, mas busca atingí-lo na mesma condição interior que é a causa da sua derrota. Ele não quer mudar e nem assumir a responsabilidade. Tal atitude sempre o levará ao mesmo resultado, porque a pessoa não se preocupa em gerar a condição interna para mudar o externo.
Como vencer em tudo
A chave da vitória é direcionar seu itinen para a felicidade e não para o sofrimento. Se deseja atingir a felicidade absoluta [Estado de Buda], acredite em si mesmo. Fortaleça seu coração cultivando força e convicção interna, até que se torne inabalável diante de qualquer obstáculo. O coração ou a mente é o que determina a vitória ou a derrota em tudo.
O determinado
O determinado senta diante do Gohonzon com a certeza absoluta da vitória e transborda confiança, alegria. Seu coração está livre e sua convicção é máxima. “Um coração libertado dos grilhões da ignorância é imenso como o céu, livre como uma águia planando nas alturas.” (Daisaku Ikeda, TC, edição no 490.). É essa a condição que a pessoa deve sentir no momento em que determina.
Itinen ideal
O itinen ideal é um estado mental livre de preocupações, pois a pessoa passa a enxergar as coisas como elas realmente são. Ou seja, tudo é causa, motivo para a felicidade absoluta.
Mude o passado
O cismado vive a lamentar o passado e a temer o futuro. Ele nunca enxerga o potencial do presente como causa da iluminação. Mesmo orando ele agoniza, sua mente fica nublada e preocupada. O presidente Ikeda explica: “Ficar limitados pelas causas do passado, reclamando de seus efeitos no presente, torna a vida infeliz. [...] Ao elevar nosso estado de vida no presente, as causas negativas que fizemos no passado são transformadas em positivas. Não há nenhuma necessidade de ficar prisioneiro do passado; de fato, podemos até mesmo mudar o passado.” (BS, edição no 2.011, 14 de novembro de 2009, pág. A3).
Cuidado com a covardia
O cismado tende a ser covarde e “a covardia nos fecha os olhos” [Ralph Waldo Emerson]. Por isso, o cismado esbarra no menor obstáculo como algo intransponível: “O medo nos impede de perceber a verdade, não nos deixa enxergar os fatos como realmente são. Faz com que uma dificuldade insignificante pareça um obstáculo enorme”. (Daisaku Ikeda, TC, edição 490). Nitiren vai mais fundo: “Tenha uma forte fé. Um covarde é incapaz de obter respostas de suas orações”. (WND-1, pág. 795).
No beco sem saída
O cismado roda, roda e está sempre num beco sem saída, preso às tendências cármicas. O determinado jamais é derrotado e vence as mais difíceis batalhas com sabedoria e alegria. “Seja qual for a circunstância, quando nos baseamos na Lei Mística, a Lei suprema do Universo, jamais nos veremos num beco sem saída.” (Ibidem).
Como orar para vencer
Quando alguém com itinen ideal ora Daimoku, ele o faz com alegria, na certeza da vitória. O cismado ora aguardando de maneira incerta que algo aconteça de algum lugar. “A determinação de uma pessoa é extremamente sutil. São essas sutis diferenças no itinen que refletem no Universo para manifestar-se como resultados radicalmente diferentes.” (BS, edção no 1.231, 26 de junho de 1993, p. 3.)
Itinen correto é itinen iluminado
Vencer a escuridão fundamental é focar o itinen no Kossen-rufu. Este ato prova que estamos focando naquilo que é essencial e concreto. Empenhar-se em prol do Kossen-rufu de acordo com a unicidade de mestre e discípulo faz manifestar o benefício supremo de vencer qualquer ilusão capaz de nublar o nosso itinen.
Eduque seu itinen
O Gohonzon existe para mudar o itinen. Uma oração baseada no itinen correto conduz à ações e resultados concretos. A determinação ideal faz a pessoa assumir o controle sobre a vida. A vontade de agir cria a oportunidade mas a ilusão faz perder a consciência de que você é o personagem ativo da situação. “Tudo está ruim! Não é possível que sou o causador disso?!”, pensa o cismado. O determinado tem a mente clara e naturalmente acha soluções criativas. Por meio da prática diante do Gohonzon, o determinado educa seu itinen.
A estratégia para vencer
A melhor estratégia para a vitória absoluta é ter um itinen ideal. Ou seja, essa é a “estratégia do Sutra de Lótus”. O presidente Ikeda resume: “A ‘estratégia do Sutra de Lótus’ corresponde à fé no Gohonzon; à fé que combate a ignorância e a ilusão, que transforma o carma negativo em positivo e que triunfa sem falta por meio da oração convicta, da sabedoria e da coragem ilimitadas — todas derivadas dessa oração.” (Ibidem).
Um exemplo interessante
Imagine a seguinte situação: uma pessoa deseja que sua família pratique o budismo. Se o desejo for verdadeiramente a felicidade da família, ela se empenhará em mudar, em tornar-se exemplo do que gostaria de ver nos demais. Sua atitudes naturais não são uma estratégia qualquer e sim consequência da disposição de oferecer o melhor, de contribuir para a felicidade das pessoas, independentemente da religião que elas mantenham. O compromisso é com a felicidade da sua família e não com a “religião” em si. Esta é a pessoa determinada! Com essa postura, naturalmente os membros da família passam a confiar e a acreditar na pessoa. Lembre-se, “o propósito do advento do lorde Buda neste mundo estava em seu comportamento como ser humano.” (END, vol. 1, pág. 299.)
Já o cismado...
Por outro lado, se a preocupação for baseada no que os outros vão pensar pelo fato da família não praticar, a pessoa passa a cobrar, tentando empurrar a prática budista a todo custo e tornando-a a causa de brigas e discussões. Não se nota o mínimo de disposição para ser um exemplo. Este é o cismado!
Outro exemplo interessante
Numa ocasião, para um homem cuja a esposa era contra a prática da fé, o presidente Toda disse:
“Você deve cumprir seus deveres como chefe da família. Não está ganhando dinheiro o suficiente. Um marido deve adorar a esposa e ter condições de comprar-lhe um vestido novo de vez em quando.
Esse problema é você quem tem de resolver. O problema não é sua esposa, mas você. Você é quem deve mudar em primeiro lugar. Deve se tornar um ser humano admirável. Como ela está contra sua prática, num certo sentido você se tornou dependente dela.
Depende de você criar um estado de vida de total liberdade...
Enquanto reclamar para ela, não estará praticando a fé corretamente. Quando demonstrar para sua esposa a mesma consideração que demonstra para o Buda, ela não terá nada do que reclamar.
Em geral, não há nenhuma razão para um marido reclamar da esposa. Mesmo porque ela não está recebendo nenhum salário de você! E aposto que você nem mesmo compra roupas novas para ela! Portanto, em vez de ficar resmungando, deveria tratá-la com carinho. É aí que começa a fé. Não suporto ouvir homens reclamando porque a esposa não pratica ou culpando-a por seus problemas quando eles mesmos não demonstram nenhum resultado de sua prática da fé.” (BS, edição nº 1.567, 12 de agosto de 2000, p. 3).
Itinen Sanzen
O itinen (determinação em um dado momento) faz surgir o sanzen (três mil mundos), tanto positivamente (o “determinado”) como negativamente (o “cismado”). É por isso que o Gohonzon é considerado o itinen sanzen prático.
Conclusão
Imagine que você pudesse fotografar seu estado mental. Esta fotografia, a imagem que você tem de si mesmo, é o que determina sua vida. O estado de vida revelado nesta foto passa a ser o seu estado básico de vida. O Gohonzon é considerado o itinen sanzen prático porque é uma especie de fotografia do estado de Buda. Praticar diante do Gohonzon faz com que nossa vida copie aquela imagem do estado de Buda demonstrada no Gohonzon. O estado ideal é quando oramos com sinceridade e o Gohonzon passa a ser o nosso coração. A fotografia que irá nos guiar em tudo é o estado de Buda que passa a ser nosso estado básico de vida.

Frase da semana

Daisaku Ikeda


BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2038, PÁG. A2, 06 DE MAIO DE 2010.


“Que os responsáveis de distrito e de comunidade vençam na ‘hora crucial’ de sua atuação no campo real da sociedade. Vamos construir mutuamente a epopéia da vitória total!”


Seikyo Shimbun, 26 de maio de 2010

30 de maio de 2010

Os Encantos da Filosofia Budista

“Não há noite que não amanheça”
A esperança renova a vitalidade, faz bem à saúde e é o combustível da felicidade
BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2037, PÁG. A6, 29 DE MAIO DE 2010.

Esperança, na ótica do Budismo Nitiren, se refere a uma revigorante energia vital fluindo do âmago da vida e enchendo a mente e o corpo de vontade de luta. A pedido da Divisão Feminina da BSGI o BS republica uma orientação do presidente Ikeda divulgada há mais há 11 anos e constantemente utilizada pelas “rainhas da felicidade”

Aos iniciantes
O primeiro tema desta série tratou do revolucionário conceito de benefício no budismo (BS edição no 2.034) e depois da fonte essencial desses benefícios: o Gohonzon (BS edição no 2.036).

O que é esperança?
Esperança é um sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que se deseja. É a confiança em algo positivo. Mas apesar da origem etimológica da palavra fazer menção a esperar algo, no budismo o termo ganha pujança. O presidente Ikeda em muitos discursos e em diálogos incentiva seus discípulos olhando fixamente com máxima força e bradando: “Kibô!” (esperança). A rajada de convicção do Mestre deixa claro que esperança é jamais desanimar, reunir forças de onde parece não haver e orar ao Gohonzon com forte fé tendo a mente serena e o coração cheio de coragem.

“A prática da fé é a eterna esperança”
por Daisaku Ikeda

Rei Alexandre, o Grande
Uma fé forte e invencível é crucial. A oração é crucial. A fé e a oração determinam tudo.
O rei Alexandre, o Grande, preparou-se demoradamente e organizou sua partida para o Oriente e para o mundo. O jovem grande rei distribuiu todos os seus tesouros e riquezas para seus súditos, dizendo:
— Concedo tudo isto a vocês. Portanto, sigam-me tranquilamente sem nenhum receio!
Um dos súditos, estranhando essa atitude, perguntou-lhe:
— Ó meu rei! Vossa Majestade concedeu todos os seus tesouros aos súditos. Desta forma, seu cofre ficará completamente vazio. O que Vossa Majestade pretende fazer?
O rei Alexandre, sorrindo, respondeu-lhe: — Eu não concedi todos os meus tesouros. Minha maior riqueza está guardada cuidadosamente ao alcance de minhas mãos.
O súdito, sem entender nada, perguntou-lhe novamente: — Desculpe, majestade, mas não consigo vê-la. Onde é que está guardada? O rei disse-lhe finalmente: — Meu tesouro secreto e mais precioso chama-se “esperança”.

Ter esperança é crucial
Não há tesouro mais precioso que a esperança. Se possuir esperança, tudo pode ser alcançado e conquistado. Caso se empenhem na vida diária com ardente esperança, também será possível conquistar todos os outros tesouros.

A chama da fé
Somente a esperança pode extrair a energia e a capacidade inerentes na vida humana. A esperança é como a baqueta que produz sons nos tambores. A chama que faz arder a esperança ao máximo é a prática da fé e a prática da fé é a eterna esperança.

Esperança é vida. Desesperança é morte
O grande poeta inglês Shelley disse: “Se o inverno chegou, a primavera não está distante”. E o espanhol Cervantes escreveu: “Não há noite que não amanheça”, “O inverno infalivelmente se torna primavera” e “Enquanto houver vida, haverá esperança”.

Erga a cabeça. E avance.
Se você viver com grande esperança crescerá e desenvolver-se-á ampla e plenamente. Por isso, aconteça o que acontecer, jamais desista nem seja derrotado. No fundo de nosso coração existe a primavera, uma nova manhã e um radiante sol. Sempre avance de cabeça erguida. Esperança é vida e desesperança é morte. Esperança é vitória e desistência é derrota.

“Biologia da Esperança”
Tive o prazer de conhecer o Dr. Norman Cousins (1912-1990) e tê-lo como um grande amigo. Considerado como a consciência norte-americana, denominou sua última obra de A Cabeça em Primeiro Lugar: a Biologia da Esperança e o Poder Curador do Espírito Humano. É uma obra muito interessante na qual o Dr. Cousins procura comprovar cientificamente que a força da esperança influencia o corpo humano.

Força de vontade
Ele escreveu: “A força de vontade de viver ativa a fábrica de remédios que existe no corpo humano”. O presidente Toda disse também que “o corpo humano é uma indústria farmacêutica”. De acordo com o Dr. Cousins, a esperança de continuar vivendo faz com que o cérebro emita uma ordem ao corpo humano para ativar seu metabolismo a fim de combater as doenças. A esperança é o comandante que conduz a vida para a vitória. É uma arma secreta, a mais poderosa do arsenal da vida humana.

Rir é bom para a saúde
Rir também é bom para a saúde pois libera a endorfina, que é uma substância com propriedade analgésica. O Dr. Cousins cita as palavras do humorista norte-americano Josh Billings (1818–1885), que disse: “Há muita diversão na medicina, mais há muito mais medicina na diversão”. O Dr. Cousins comentou: “O ponto mais precioso que aprendi na escola de Medicina foi a importância de encorajar os pacientes para que consigam recuperar o ânimo e a confiança em si próprios. Não é apenas oferecer algum conforto espiritual, mas uma luta de vida ou morte para despertar todas as forças e recursos inerentes no corpo do paciente. A confiança e a esperança são fatores determinantes que ativam a farmácia interna para que trabalhe com toda a intensidade.”

Pense algo maravilhoso
Ele fez também a seguinte experiência: Extraiu um pouco de sangue de um paciente. Esperou cinco minutos e extraiu novamente uma outra amostra. Dependendo do que o paciente pensou nesses cinco minutos, verificou-se uma alteração no sistema imunológico. Repetindo essa experiência com várias outras pessoas, ele concluiu que o sistema imunológico torna-se mais ativo e forte quando as pessoas pensam em algo maravilhoso.

Esperança viva
Ao contrário, quando imaginam coisas que não trazem esperança, ocorre um enfraquecimento no sistema imunológico. Portanto, conversem com as pessoas e ofereçam uma forte esperança. Com isso, a esperança estará sempre viva dentro de nós mesmos.

A longa jornada da vida
O Dr. Cousins continua: “a morte não é a pior tragédia no curso da vida, mas, sim, morrer sem descobrir a possibilidade de crescer ainda mais”. “Eu sou assim mesmo. Não consigo fazer mais nada. Já cheguei ao limite de minha capacidade” — esta alegação não tem na verdade nenhum fundamento. É apenas uma mera desculpa para justificar o próprio fracasso. Mesmo nessa condição, é preciso sustentar a esperança para mudar a situação e abrir um novo caminho para o próprio desenvolvimento.

A virtude dos grandes homens
O mês de julho é muito significativo. É o mês em que Nitiren Daishonin escreveu a Tese sobre o Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação. Também nesse mês os presidentes Makiguti e Toda foram detidos, como também eu próprio fui preso injustamente. Foi também em julho que eu e o presidente Toda saímos da prisão.

Meu mestre
Qual foi a palavra que ele [Jossei Toda] disse no Ano-Novo de 1957, ano em que fui levado ao cárcere? Foi “esperança”. Ele disse naquela ocasião: “Ao observarmos a vida dos grandes homens do passado, notamos que eles jamais foram derrotados pelas adversidades e intempéries da vida, e defenderam altivamente a esperança, que para os mortais comuns parecia ser um sonho impossível. Eles viveram sustentando sempre a esperança, sem retroceder um passo sequer.

Essência da esperança
A razão disso está no fato de que a esperança não era para eles um meio de satisfazer seu ego ou suas ambições, mas consideravam-na o alicerce para a felicidade da humanidade. E eles tinham plena convicção disso.

A vitória de Nitiren
Toda continua: “Nitiren despertou para o grande ideal de promover a revolução humana do mundo aos dezesseis anos, alcançou a percepção do grandioso princípio filosófico que permeia todo o Universo aos 32 e manteve sempre acesa a chama da esperança e de seus sonhos da juventude até o momento de sua morte, aos 61 anos. Sua vida foi realmente uma majestosa obra em prol da felicidade absoluta de toda a humanidade.”

A fonte está no Gohonzon
Meu mestre conclui: “Sejam jovens ou idosos, desejo que abracem com convicção a esperança na vida diária e vivam em prol dessa esperança. A fonte da energia vital que permite viver por essa esperança encontra-se no Gohonzon, que contém a própria vida de Nitiren Daishonin.”

Gohonzon, a chave da esperança revitalizadora
O Gohonzon é uma fonte inesgotável de esperança. O Budismo Nitiren é o “Budismo da Esperança”. Foi justamente em meio à Perseguição de Tatsunokuti e ao Exílio na Ilha de Sado que Nitiren revelou o Gohonzon pela primeira vez. Foi num momento em que a vida dele estava em risco. O exílio era como ser atirado num escuro e gélido calabouço.

O Gohonzon é fonte de esperança
Nesse local desesperador que não transmitia a mínima esperança, ele revelou o Gohonzon, que concede a maior das esperanças para a humanidade. Eis aqui um profundo significado: O Gohonzon não foi inscrito dentro de um belíssimo e suntuoso templo, nem em meio à extravagância e opulência, muito menos para obter autoridade.

O Kossen-rufu
Mesmo enfrentando severas perseguições, Daishonin fez arder as chamas da grandiosa esperança do Kossen-rufu e incutiu no Gohonzon o espírito de lutar a todo o custo por esse ideal.

Jamais perca a fé
“Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi.” (END, vol. I, pág. 276.) Isto quer dizer que Daishonin incorporou no Gohonzon todo o seu espírito de lutar pelo Kossen-rufu. Por esta razão, aqueles que deixam de lado a fé no Kossen-rufu não conseguem a verdadeira fusão de sua vida com o Gohonzon.

O estado de buda
O Gohonzon existe efetivamente no coração das pessoas que se dedicam à prática da fé com a disposição de lutar pelo Kossen-rufu. Nesse ponto também se encontra a manifestação do estado de Buda. Enquanto esteve preso, o presidente Toda não possuía o Gohonzon em sua cela. Mas, por possuir uma ardente fé em lutar pelo Kossen-rufu, alcançou a extraordinária percepção sobre a verdade da vida.

Ardente desejo
O Gohonzon não serve para nada se as pessoas não praticarem corretamente com o desejo do Kossen-rufu no coração. Nitikan Shonin disse que o tesouro mais precioso de sua vida era a correta prática da fé pois, sem ela, não teria sentido abraçar o Gohonzon.

Avançando sempre
Quando fui preso, li as obras de Victor Hugo no cárcere. Ele também foi exilado por uma falsa acusação. Ele diz: “Meu princípio é avançar sempre. Se Deus desejasse o retrocesso do homem, teria colocado um olho na parte de trás da cabeça.” Uma vez que os olhos estão dispostos em nossa face, avancemos a todo momento olhando em direção ao alvorecer, em direção ao desabrochar das flores e em direção à nova vida.

O rosto corado de esperança
Avancem sempre, renovando sua disposição a cada dia. Daishonin expressa a boa disposição dos líderes com as seguintes palavras: “Ser sempre jovem, ter o rosto corado, boa disposição, coragem e muito vigor.” (Gosho Zenshu, pág. 1.571.) Ele diz também: “As forças física e espiritual como também as ações do cérebro tornaram-se milhões de vezes melhores do que antes.” (Gosho Zenshu, pág. 1.062.)

Líderes, tenham disposição
Quando os líderes atuam com disposição, todos em sua volta sentem-se encorajados e rendem-lhes plena confiança. Por isso, cuidem bem da saúde, procurem repousar durante a noite para não acumular cansaço e aumentem cada vez mais o vigor em sua vida. O budismo é o ensino mais adequado para a época atual.

O budismo é o mito do valor universal
O Dr. Joseph Campbell, um dos grandes nomes em Mitologia Comparativa relata sua conclusão após pesquisar e comparar pensamentos e mitos de todos os tempos e cantos do mundo: “As mudanças que ocorrem no mundo obrigam também a uma mudança nas religiões. Embora não existam mais fronteiras no mundo contemporâneo, não abraçamos ainda um mito de valor universal que englobe nosso planeta Terra. De acordo com meus conhecimentos, o budismo é o único que mais se aproxima do mito do valor universal, pois revela a existência da natureza de Buda em todos os fenômenos. O fator mais importante é o ato de perceber essa natureza.”

“Mito” como “filosofia”
Ele utiliza a palavra “mito” com o mesmo sentido de “filosofia”. O “ato de perceber essa natureza” não é senão nosso movimento pelo Kossen-rufu. É o movimento que visa a despertar as pessoas para a natureza de Buda inerente em si mesmas, para a percepção do ilimitado potencial existente em sua vida e para ensinar a fonte da inesgotável esperança.

Surge o sol da esperança
O século 21 aguarda com expectativa o desenvolvimento de nosso movimento. Está esperando a ascensão desse “sol da esperança”. E somos nós que vamos fazer surgir esse grandioso sol.

Estamos unidos, sempre
Eu e cada um dos senhores somos companheiros desde o infinito passado e estamos caminhando juntos pela suprema estrada da vida. Por maior que seja a distância que nos separa, estaremos sempre ligados firmemente pelas ondas sonoras do Daimoku.

Orando pela saúde
Seja onde estiverem, estarei sempre orando pela boa saúde, longa vida e felicidade de todos os senhores, que são meus estimados e sublimes companheiros.

Um poema aos amigos

Meus queridos amigos, gostaria de dedicar-lhes dois poemas:

Escrevendo uma história
de luta conjunta
Pelas três existências,
Juntos, sempre juntos.

Nosso destino final
É o estado de Buda
O Castelo de Muitos Tesouros.

29 de maio de 2010

Benefício

A revolução interna gera a transformação externa
BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 2034, PÁG. A4, 08 DE MAIO DE 2010


Qual a vantagem de praticar o Budismo Nitiren na Soka Gakkai? É a possibilidade de domar a escuridão fundamental (ilusão), agir pelo bem, vivenciar a cristalina unicidade de mestre e discípulo e ainda experimentar a satisfação plena e profunda da mais elevada condição humana: o estado de Buda.

Todos procuram a prática budista com um interesse em comum: benefícios!
Muitos questionam: “O que terei de concreto quando iniciar a prática da fé
budista?”
Primeiro é preciso entender o significado de benefício na filosofia budista, pois
essa é uma noção revolucionária e interessante
.

O que é?
Benefício é a capacidade individual de produzir valor independentemente da realidade que se vive, ou seja, de realizar a própria revolução humana em meio à realidade. O benefício da prática budista é viver plena e satisfatoriamente sob quaisquer circunstâncias.
Simplificando
É natural o ser humano esforçar-se para ter uma vida melhor (pessoal, profissional, familiar, financeira). Perder ou ignorar esse ímpeto é o mesmo que estar morto. Mas nossa ideia de benefício não se limita ao lucro visível aos olhos. Se o budismo rejeitasse completamente esse “lucro” não passaria de mera doutrina abstrata, separada da vida real. Consequentemente se tornaria uma religião enfraquecida, incapaz de oferecer um caminho seguro para as pessoas melhorarem concretamente a vida.

Purificação e transformação
Nesse contexto, de que maneira o budismo se posiciona entre a questão do lucro, que é algo individual de cada pessoa, e a questão de ser abrangente no sentido de capacitar qualquer pessoa a conquistar os seus desejos. A resposta é claramente revelada no Budismo Nitiren.
O verdadeiro benefício para o budismo é a purificação e a mudança no âmago da vida.

A meta é gerar valor
A questão não é se por meio do Daimoku se consegue conquistar algo material ou não. Mas se essa pessoa consegue ou não produzir grande valor interno (como coragem, alegria, satisfação etc) enquanto busca esse objetivo. Se essa busca gera valor, isso é benefício. Se gera sofrimento, é negativo. Na série “Sabedoria do Sutra de Lótus”, consta: “Alguns interpretam ‘benefício’ de forma errada, considerando-o como uma indicação da preocupação com os bens materiais e, com base nisso, menosprezam o budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da própria vida.” (Brasil Seikyo, edição no 1.525, 25 de setembro de 1999, pág. 4.)

E meus desejos mundanos?
Cada indivíduo possui uma lista de “desejos mundanos” a ser realizada que ultrapassaria uma folha (alguns encheriam até um caderno). Por meio da prática budista esses desejos se tornarão realidade? Se a prática dessa pessoa conseguir eliminar o sofrimento de não ter tais coisas e ainda assim gerar uma imensa satisfação pelo simples fato de estar vivo e lutando por essas questões, então, será a causa de conquistas em todos os níveis.

Energia vital é o essencial
Se o objeto do desejo gerar insatisfação, ansiedade ou sofrimento, o encanto se quebra e a revolução humana não acontece. Todos os aspectos externos mudam naturalmente quando se gera energia vital internamente. Isso é explicado pelo princípio do esho funi (unicidade do ser vivo e seu ambiente.)
Essa ideia está expressa na frase do presidente Ikeda: ”A questão principal é: uma ação positiva possui um benefício inerente. O benefício não é absolutamente algo que vem de fora. Ele surge de dentro de nossa própria vida; manifesta-se por nossas ações. O benefício jorra como água de uma fonte. É isso o que significa benefício.” (Ibidem.)


E como se faz isso?
Mas aí pode surgir um impasse: como tornar o “eu” uma fortaleza capaz de não se abalar diante dos problemas a tal ponto que a própria circunstância (não importa qual) seja motivo de felicidade? Simples: recitando o Nam-myoho-rengue-kyo e realizando o Chakubuku: as duas práticas básicas dos membros da Soka Gakkai. Realizar essas ações (orar e propagar) com a “mesma mente que Nitiren” significa agir em exato acordo com o Buda e, então, conseguir os mesmos efeitos de um buda.

Dedicação ao Kossen-rufu
Uma vez mais, o presidente Ikeda atesta essa ideia: “Nesse sentido, ser capaz de recitar Daimoku, propagar o ensino de Daishonin e trabalhar pelo Kossen-rufu — isso em si é o maior dos benefícios. O Gosho diz: ‘Não há felicidade maior para os seres humanos que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.’ (END, vol. 3, pág. 199.) Isso indica claramente que uma vida dedicada ao Kossen-rufu é a mais nobre. (Ibidem.)

A maior das felicidades
Se a prática do budismo gera essa “felicidade maior”, todas as outras questões ficam enquadradas nesse poder gigantesco da Lei Mística. Aí, transforma-se a preocupação com as questões cotidianas na convicação e satisfação de que todas as questões diárias originam-se e estão conectadas ao interior do ser humano.

Sujeito e objeto
Outra frase do presidente Ikeda elucida: “A vida de todas as pessoas é, de certa forma, uma sucessão de exemplos de benefício e punição, valor e antivalor, ou de lucro e perda. Nos negócios, as vendas significam lucro ou ganho. Mas se os bens forem vendidos a um preço muito baixo, o negócio acaba em prejuízo. Quando um pintor concretiza seu desejo subjetivo de pintar uma maravilhosa obra-prima (ou seja, de criar o valor do belo), ocorre uma fusão do sujeito com o objeto, dando à pessoa um sentimento de felicidade. E quando a pintura é comprada, o lucro é concretizado.” (Ibidem.)

A chave está no Gohonzon
O objetivo do Budismo Nitiren é capacitar a pessoa a desenvolver um mundo interior rico e abundante de força vital. Seja vivendo uma situação agradável, seja sob as mais terríveis tempestades, nada abalará um ser humano assim e quanto mais a pessoa vive, mais gera valor e felicidade. A chave está na maneira com que ela ora ao Gohonzon, que é a fonte de toda essa energia. O maior benefício de um ser vivente é descobrir e saber utilizar o poder de gerar valor e felicidade a qualquer momento.

Força interna para a vitória
Citando um exemplo clássico: uma determinada pessoa deseja uma casa nova para morar com a família. Se esse desejo é a causa de uma profunda e espontânea transformação interior por meio da prática, então, o benefício apareceu. O importante é essa pessoa conseguir a força interna para conquistar o que deseja.

Desejar não é errado
Não é errado desejar. Lamentável é querer algo achando que esse algo é a causa do sofrimento ou da felicidade. Ter ou não ter acaba não fazendo diferença para a felicidade no nível fundamental. Então, o melhor é assumir o que se deseja e praticar despretensiosamente o budismo visando a criar um forte eu. Aí, naturalmente os caminhos para a conquista efetiva estarão abertos.

O comportamento otimista
O presidente Toda definia o Gohonzon como uma grande fonte de benefícios. E ele dizia que os benefícios surgem de acordo com a intensidade da fé no momento de praticar diante do Gohonzon. A chave da obtenção dos benefícios está no comportamento do praticante diante da vida. Essa atitude faz toda a diferença: “O otimismo budista não é um ‘escapismo otimista’ de pessoas que cruzam os braços e dizem: “De alguma maneira tudo se resolverá”. Ao contrário, significa reconhecer claramente a maldade como maldade e o sofrimento como sofrimento, e lutar resolutamente para superá-los. Significa acreditar na própria habilidade e força para lutar contra qualquer maldade e qualquer obstáculo. É uma ‘luta otimista’.”

Qual a sensação?
O relato a seguir demonstra como é amplo a condição de vida de quem pratica corretamente a Lei: “O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, disse certa vez aos jovens: ‘Neste momento, meu estado interior de vida é tal como se eu estivesse estendido no alto do céu, com os braços abertos, sobre uma infinita extensão de brancas e macias nuvens. Tudo de que preciso vem até mim naturalmente. Vem a mim sem que eu busque. Onde consegui esse benefício? Na prisão, onde tive de passar dois anos. Mas a época agora é diferente, e vocês não precisam ir para a prisão para conseguirem um estado assim. A única coisa de que necessitam é dedicar a juventude e a vida à nobre missão do Kossen-rufu e incansavelmente em prol desse objetivo.” (Ibidem, edição no 1719, 11 de outubro de 2003, pág. A3.)

Conclusão
A dedicação corajosa à prática budista é, de fato, a fonte de benefícios além da própria imaginação. Como diz o Mestre: “O poder supremo do Nam-myoho-rengue-kyo nos capacita a transformar qualquer impulso ilusório, carma negativo e sofrimento em estado de Buda, sabedoria e benefício. Não há carma negativo que não possamos mudar. Essa é uma extraordinária fonte de esperança. Assim, não há razão para lamentarmos nem nos desesperarmos.” (Ibidem, edição no 2031, 17 de abril de 2010, pág. A3.)

Linhagem do Budismo - Mahayana e Hinayana

As religiões do mundo variam de acordo com as diferenças entre as nações e as culturas. No entanto, a origem da religião pode ser encontrada em sentimentos compartilhados por todas as pessoas. A mais primitiva forma de religião era a adoração de um deus ou deuses que representavam as forças da natureza. Enquanto a natureza passava por uma mudança “normal” e previsível, os seres humanos podiam desfrutar sua força criativa e benefícios. Porém, quando o ritmo da natureza tornou-se imprevisível, as pessoas não tinham mais lugar para aonde ir. Os povos antigos acreditavam que as calamidades naturais eram uma expressão da ira dos deuses ou obra de um deus diabólico e destrutivo que se opunha ao seu deus benevolente. Graças a uma contínua especulação, alguns postularam um deus principal que reinava sobre todos os outros e controlava todos os vários fenômenos naturais. Em muitos casos, o deus principal originariamente governava um fenômeno específico. Por exemplo, nas mitologias grega e nórdica, o deus principal era originariamente o deus do trovão.

Diz-se o mesmo a respeito de Javé ou Jeová. Javé era originariamente o deus do trovão e tornou-se posteriormente o deus principal dos ancestrais dos hebreus. Conseqüentemente, ele foi considerado um deus absoluto e transcendental pelos judeus e por fim o único deus, e seus seguidores passaram a negar a existência de qualquer outro deus. Foi isso o que levou à crença de que a vontade e as palavras de Deus criaram o Universo e todos os seres que nele vivem. Seja um único deus apenas ou muitos, acreditava-se que a divindade, ou as divindades, tinham poder de controle sobre a natureza e a humanidade. Com o estabelecimento de comunidades, alguns deuses tornaram-se símbolos do poder ou da supremacia de grupos específicos, sendo usados para fortalecer a autoridade do grupo.

Em contraste, um Buda é um ser humano, uma pessoa que desenvolveu uma sabedoria introspectiva nas profundezas de sua vida e descobriu nela a verdade eterna. Ao passo que no cristianismo um ser humano nunca pode tornar-se completamente Deus, no budismo o ser humano pode tornar-se um Buda. O estado de Buda é um ideal, mas um ideal que os seres humanos podem atingir. O budismo é um conjunto de ensinos que o Buda expôs a fim de capacitar todas as pessoas a também se tornarem budas. Ensina que o estado de Buda é o objetivo máximo para todos os seres humanos; no entanto, não nega nem exclui o conceito de um deus por si. O que caracteriza o Buda é a sabedoria que permeia a verdade máxima da vida e do Universo. O budismo descreve os deuses como forças benéficas inatas no meio social e natural e que atuam protegendo os seres humanos, especialmente aqueles que praticam o budismo corretamente. As forças inerentes ao meio ambiente são chamadas “boa sorte”, as ações dos deuses budistas que as pessoas ativam para extraírem sua própria sabedoria do Buda.

Principais palavras e expressões do budismo

Bodhisattva: O nono dos Dez Mundos (Inferno,Fome,Animalidade,Ira,Tranquilidade,Alegria,Erudição,Absorção,Bodhisattva e Buda).Tais mundos são condições potenciais inerentes à vida de cada individuo
Bodhisattva da Terra: Bodhi significa "sabedoria do Buda"; sattva,"seres sensíveis" e Terra,Nam-myoho-rengue-kyo ou "natureza de Buda". Os Bodhissattvas da Terra fazem do Nam-Myoho-Rengue-Kyo ou da natureza de Buda a vase de suas ações para aliviar o sofrimento das pessoas.
Buda: O iluminado ou Desperto.Aquele que percebe a natureza iluminada da vida e que conduz outros a atingir essa mesma condição.A natureza de Buda é inerente a todos os seres e é caracterizada pela sabedoria,coragem,benevolência e energia vital.
Chakubuku: Um dos métodos de propagação do Budismo de Nitiren Daishonin.Ato de ensinar a filosofia budista para outras pessoas.
Daimoku:Literalmente significa "titulo".Refere-se à recitação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Gohonzon: Supremo objeto de devoção do Budismo de Nitiren Daishonin. Honzon significa "objeto de respeito fundamental" e go "digno de honra".
Gongyo: Liturgia do Budismo de Nitiren Daishonin.Literalmente significa "prática assídua".Prática realizada duas vezes ao dia ,pela manhã e à noite.Consiste na leitura de passagens do 2º capitulo (Hobem,"Meios") e 16º capitulo ( Juryo, "Revelação da vida Eterna de Buda") do Sutra de Lótus, seguida da recitação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Gosho: Literalmente "escritas dignas de grande respeito".São escritos de Nitiren Daishonin.
Kossen rufu: Literalmente "declarar e propagar amplamente" o budismo.O termo é comumente traduzido como "paz mundial".Pórem,paz não no sentido simplista de ausência de guerra.Para que ela ocorra,é preciso que as pessoas realizem a revolução humana humana - processo de reforma interior - e cultivem valores fundamentais como o respeito a todas as formas de vida.
Soka Gakkai: Literalmente," Sociedade de Criação de Valores".Foi fundada por Tsunessaburo Makiguti e Jossei Toda.Seus associados são encontrados em 192 países e territórios,constituindo a Soka Gakkai Internacional.Bo Brasil, a organização é conhecida como Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI).

Daisaku Ikeda biografia


Daisaku Ikeda
Presidente da Soka Gakkai Internacional


"Seja como for, a grandiosa 'revolução humana' de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade."

Daisaku Ikeda nasceu em Tóquio, em 2 de janeiro de 1928, e graduou-se na Faculdade Fuji Júnior. Em 1947, converteu-se ao Budismo de Nitiren Daishonin e tornou-se membro da Soka Gakkai, uma organização de leigos que estava então sob a liderança de Jossei Toda, seu segundo presidente.

Em 1958 o segundo presidente da Soka Gakkai falece e após 2 anos, em 1960, Ikeda foi nomeado seu terceiro presidente. Sob sua liderança, a organização progrediu, chegando a alcançar aproximadamente treze milhões de membros no Japão, tornando-se a maior organização de seu gênero nesse país. Para apoiar os esforços da Soka Gakkai, baseados na filosofia budista de vida e com o intuito de promover a paz, cultura e educação, Ikeda fundou, através dos anos, instituições educacionais e culturais, incluindo a Universidade Soka.

Desde 1967, quando Daisaku Ikeda propôs a normalização das relações sino-japonesa, ele engajou-se ativamente na elaboração e publicação de propostas, dirigidas às Nações Unidas, tratando de questões sobre a paz, desarmamento, educação e meio ambiente. Além disso, baseado na crença de que os primeiros passos rumo à realização da paz iniciam-se com o diálogo de vida a vida, engajou-se numa diplomacia do cidadão, encontrando-se com líderes políticos e intelectuais de todo o mundo, num intercâmbio de opiniões a respeito dos desafios que se interpõem à humanidade. Alguns desses diálogos foram compilados na forma de livros.

Em adição, Daisaku Ikeda é um prolífero autor, encontrando tempo para escrever romances, ensaios e poesias sobre uma vasta gama de tópicos abrangendo o humanismo, a paz, a sociedade, a juventude, a arte e a literatura. Seus escritos têm sido traduzidos para mais de quatorze idiomas.

Jossei Toda cronobiografia

Jossei Toda
2º presidente e co-fundador da Soka Gakkai

"É meu ardente desejo que a humanidade se livre
do ciclo da guerra e crie sucessivas gerações de pessoas imbuídas de um profundo respeito pela dignidade da vida."


11/2/1900Nasce Jossei Toda na província de Ishikawa, o mais novo de uma família numerosa.

1902 — Sua família muda-se para o vilarejo de Atsuta, um pequeno povoado pesqueiro no Mar do Japão.

1908 — Perde seu irmão mais velho, fato que o abala profundamente e o leva a questionar a vida e a morte.

1914 — Conclui com honra seu curso na Escola Primária de Atsuta. Embora um estudante notável, não pôde continuar seus estudos, pois é obrigado a trabalhar para ajudar no sustento da família.

1915 — Ingressa como aprendiz na Companhia Kokoro, em Sapporo. Embora o ambiente seja pouco favorável aos estudos, aproveita os momentos livres para estudar.

1917 — Apesar de não possuir formação superior, passa nos exames que lhe davam crédito para professor primário assistente.

1918 — Começa sua carreira como professor lecionando no sexto grau da Escola Primária Mayati. Enquanto leciona, Toda continua seus próprios estudos e, nos dois anos seguintes, passa nos exames que o habilitam a lecionar química, física, geometria, álgebra e matérias regulares do primário.

3/1920 — Muda-se para capital do Japão, Tóquio.

8/1920 — Conhece Makiguti, então diretor da Escola Primária de Nishimati. Makiguti emprega-o e adota-o como discípulo.

1928 — Makiguti e Toda são apresentados à filosofia budista de Nitiren Daishonin, que iria influenciar toda a obra de ambos os educadores.

18/11/1930 — Makiguti funda, juntamente com Toda, a Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores), predecessora da Soka Gakkai. Nessa mesma data, pública sua obra mais importante, Teoria do Sistema Educacional para a Criação de Valores. Makiguti é o primeiro presidente e Toda, o diretor-geral.

1939 — Tem início a Segunda Guerra Mundial.

1941 — O Japão entra no conflito mundial com o bombardeio de Pearl Harbor.

6/7/1943 — Por defender ideais antibélicos e de defesa da liberdade religiosa, Toda e Makiguti são presos e encaminhados ao Centro de Detenção de Sugamo.

18/11/1944 — Makiguti falece na prisão devido aos maus tratos e desnutrição, aos 73 anos.

3/7/1945 — Toda é libertado da prisão, um mês antes do cessar-fogo, e começa a reconstruir a Soka Kyoiku Gakkai, que muda seu nome para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores).

1947 — Conhece Daisaku Ikeda, um jovem de dezenove anos que ficou ao seu lado em todos os momentos.

3/5/1951 — Toda assume como segundo presidente da Soka Gakkai.

2/4/1958 — Falece após consolidar uma ampla e promissora base da instituição. Como uma organização já fortalecida, a Soka Gakkai inicia os preparativos para alçar vôo mundial como promotora da paz, cultura e da educação.

23 de maio de 2010

Tsunessaburo Makiguti cronobiografia


Tsunessaburo Makiguti
Fundador e 1º presidente da Soka Gakkai

"O estudo não é considerado uma preparação para
a vida; ele acontece enquanto se vive, e a vida acontece em meio ao estudo. Estudo e vida real
são vistos não apenas como paralelos;
eles trocam informações intercontextualmente,
o estudo dentro da vida e vice-versa,
por toda a existência do indivíduo."


6/6/1871 — Nasce Makiguti numa pequena vila do noroeste do Japão.

1874 — É abandonado primeiro pelo pai e depois pela mãe. Passa a ser criado por um tio, Zendayu Makiguti.

1885 — Muda-se para Otaru, indo morar com um outro tio. Por ser extremamente pobre, não tem como estudar e começa a trabalhar em uma delegacia de polícia.

1891 — Muda-se para Sapporo e ingressa na escola normal como aluno do terceiro ano.

1893 — Aos 22 anos, forma-se e assume o cargo de professor-supervisor em uma escola de ensino fundamental.

1901 — É forçado a abandonar seu cargo na escola devido a uma aparente ruptura disciplinar. Nos anos seguintes, passa por uma série de dificuldades financeiras, mas, em contrapartida, tem início um acentuado aprimoramento intelecutal.

1903 — Publicação de sua primeira obra, Geografia da Vida Humana.

1913 — Após ocupar vários cargos, inclusive no Ministério da Educação, torna-se diretor da Escola de Ensino Fundamental Tossei. Nos vinte anos seguintes trabalha como diretor e professor de escolas primárias da região de Tóquio. Das anotações acumuladas neste período, origina-se sua segunda obra Educação para uma Vida Criativa.

1920 — Conhece Jossei Toda, também professor, tornando-se inseparáveis como mestre e discípulo.

1928 — Toma conhecimento do Budismo de Nitiren Daishonin por intermédio do diretor da Escola Comercial Mejiro. Encontraram no budismo, a expressão última da filosofia humanista de valor por eles defendida.

18/11/1930 — Juntos, fundam a Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores), predecessora da Soka Gakkai. Nessa mesma data publica sua obra mais importante Teoria do Sistema Educacional de Criação de Valores.

1939 — Tem início a Segunda Guerra Mundial.

1941 — O Japão entra na guerra com o bombardeio de Pearl Harbor.

6/7/1943 — Por sustentarem posições consideradas intransigentes, defendendo o antimilitarismo e, sobretudo, a liberdade religiosa, Makiguti e Toda são presos.

18/11/1944 — Makiguti falece na prisão devido aos maus tratos e desnutrição, aos 73 anos.